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          LUGARES E PROCESSOS 

wagner

WAGNER SCHWARTZ

E então ele decidiu tirar o excesso de melancolia da frente do futuro

 3 a 15 de agosto 

"Visto que só uma vida completa revela a sua forma e o sentido que uma vida pode ter, uma biografia que se pretende definitiva deve esperar até a morte do seu tema. Infelizmente, as autobiografias não podem ser compostas nessas circunstâncias especiais."  Susan Sontag

 

O ensaio-fílmico a seguir propõe uma reflexão sobre o artista, sobre a arte, sobre aquilo que não é arte, sobre aquele que deixa de ser artista quando está fora de cena, fora de moda. Esse é um projeto memorial de um artista ainda vivo que flerta com a sua morte cênica. Um projeto feito para a família, como um álbum de fotografias a ser manipulado pelos parentes.

 

Após a sua formação em letras, Wagner Schwartz (Volta Redonda, Rio de Janeiro, 1972) participa de grupos de pesquisa e experimentação coreográfica na América do Sul e na Europa. Autor de 12 criações desde 2003, recebeu, entre outros, o prêmio APCA 2012 de “Melhor projeto artístico” por Piranha, e foi selecionado pelo programa Rumos Itaú Cultural Dança em 2000, 2003, 2009 e 2014. Em 2018, seu primeiro livro de ficção, Nunca juntos mas ao mesmo tempo, traduzido para o francês com a dramaturga Béatrice Houplain, foi publicado pela Editora Nós. Em 2021 será integrante do Programa de residência na Fondation Daniel et Nina Carasso & Cité internationale des arts, em Paris. https://www.wagnerschwartz.com/

LAURENT GOLDRING

Diálogo com “La Bête” de Wagner Schwartz

 9 a 15 de agosto 

Este filme faz parte de um conjunto de filmes "em diálogo" com um espetáculo, uma coreografia, uma performance. Filmei espetáculos como filmei corpos, sem sujeitar a imagem ao imperativo da semelhança que destrói a imagem em movimento, mas tentando compreender que outro tipo de verdade nos dá acesso às mídias cinema, foto ou vídeo, quando as aceitamos em toda a sua opacidade. Em "La Bête" Wagner Schwartz se coloca à disposição do público: cada pessoa pode manipulá-lo e fazer com que ele faça as posições que quiser. Em DIÁLOGO COM "LA BÊTE" DE WAGNER SCHWARTZ, pedi ao pintor Alex Amann que fizesse o papel do público e dou-lhe indicações para mover o corpo de Wagner como costumo fazer quando construo minhas imagens. A única diferença é que as mãos de Alex atuam como intermediárias para minha voz. Este filme foi rodado em março de 2021 com o apoio da Scène Nationale d'Orléans.

 

Laurent Goldring Após estudos de filosofia na École Normale Supérieure (Paris) e City College (Nova York), Goldring se dedicou a trabalhos artísticos que cruzam os campos das artes visuais, vídeo, fotografia e cinema. Uma exposição individual no Centre Pompidou em 2002 com curadoria de Christine Van Assche, um retrato de Jacqueline Caux seguido de dois artigos de Laurence Louppe e Laurent Goumarre na Artpress, uma entrevista com Cyril Beghin e Stéphane Delorme e um artigo de Françoise Parfait aumentaram o reconhecimento. Seu trabalho foi rapidamente apresentado em grandes eventos: Bienal de Veneza (Der Bau and Collective Jumps, 2016), Garage, Moscou (Collective Jumps, 2016), Le Bal (Cesser d'etre un, 2016), Jeu de Paume (Broken Loops, 2014 ), MOMA PS1 (La Rencontre, 2014), Fundação Gulbenkian (Sculpture mobile # 4, 2002), Musée National d'Art Moderne (Expo N ° 26, 2002). https://www.galeriemaubert.com/en-gb/laurent-goldring

SHEILA RIBEIRO

Nem National Nem Geographic

 3 a 15 de agosto 

"Autodocumento minha estética como quem conta um causo num arquivo atemporal de um "aqui", de um #aqui. O terreno da casa da minha avó no Jd. Santo Antônio, em Osasco, está num desfile de alta costura, em Milão. Gilberto Gil está na neve, em uma figurinha de Whatsapp. Janela, televisão e filho: emissão, transmissão e intercâmbio.

 

O filme viaja pela moda, pela tecnologia, por culturas, pela amizade, pela vida na casa, pelas plantas e prédios, por paisagens latinoamericanas, guerras, colônias e invernos. Traduzi lugares por pessoas, coisas e fatos: a maternidade como planeta à parte. O vintage da tecnologia. Youtube nos corpos nativos. Imaginário afro diaspórico preto glitter trançado Elaine-Midiã. Tenda de refugiados Fendi. A loja de moda da Netflix. Não ditos e coisas por aí. Geos: grafia, simbólica, política, pele, cabelo, crueldade, solenidade e opressões. Onde? Indexadas no rastreamento e no coração de amigos. Filme em colaboração com quem faz porque precisa fazer."

 

Artista considerada como pós-convergente, Sheila Ribeiro trabalha em um ecossistema midiático complexo em rede interdependente, multivetorial e extradisciplinar, expressado em uma materialidade evaporada e remixada. Envolvida com moda, digital, corpo, design, comunicação e estudos culturais, é uma artista que poetisa tensões tendo especial interesse pela migração de códigos da cultura, suas narrativas e ficções implementadas. 

Faz parte da cia de conceitos CHAMANDO ELA - SP/SSA (+ Tiago Lima); da Fondazione Nuovo Abitare - Roma (+ Salvatore Iaconesi/Oriana Persico), do eixo de estudo KATZ/RIBEIRO (+ Helena Katz); Consultora em Cultura, Comunicação e Conectividade do Ministério da Saúde Pública do Líbano (+ Rabih El Chammay); Professora Adjunta no Instituto de Humanidades, Artes e Ciências - IHAC/UFBA; Professora convidada da Escola de Comunicação e Artes - ECA/USP; IMAGINAR MUITO MESMO é o nome do seu Laboratório. Desde sempre vive e trabalha em trânsito. https://www.behance.net/chamandoela

 

 

 

CRISTIAN DUARTE

: play <

 3 a 15 de agosto 

Uma dramarqueologia da memória de/composta de\s/pedaços, de\s/encontros, de\s/afetos, de\s/casos, de políticas e de homeostasias que emocionam as matérias presentes no fluxo ininterrupto dos caminhos de um artista da cidade de São Paulo.

 

Cristian Duarte é um artista da dança que está sempre à procura de trabalho. Com mais de 25 anos de atuação, sua formação inclui o Estúdio e Cia Nova Dança em São Paulo entre 1994-2000 e graduação na P.A.R.T.S. (Performing Arts, Research and Training Studios) em Bruxelas em 2000-02. Sua prática artística tem sido marcada pela criação de contextos para experimentação e formação em dança como APT?, DESABA e LOTE/Z0NA. Integra o quadro de professores da P.A.R.T.S. (Bruxelas) desde 2018. Foi professor convidado pela plataforma SICW – Seoul International Choreography Workshop (Seul/2019), DOCH/SKH – Stockholm University of the Arts (Estocolmo/2013/2015). Coreografou para Transitions Dance Company no Laban Center (Londres, 2003/2006/2009/2016) e para o Cullberg Ballet de Estocolmo (2015). Sua produção tem sido reconhecida pelos principais prêmios de dança no Brasil e apresentada internacionalmente. https://cristianduarte.net/

 

 

 

 

T. ANGEL

Entre Frestas

 3 a 15 de agosto 

 

Uma antiga escola na periferia de Osasco tem o seu cotidiano mexido e transformado com a chegada de uma nova e esquisita professora. Era um retorno, a professora havia sido estudante da instituição no passado.

O seu retorno é marcado pela formação de um coletivo de estudantes e jovens, que decidiram romper silêncios e tocar em temas ligados aos direitos humanos. Diferentes linguagens artísticas foram borradas e apropriadas pelo coletivo, que passou a extrapolar as grades e muros da escola levando mensagens, ocupando espaços e gerando movimento. Deixando vestígios. Entre frestas.
O vídeo documental traz reflexões da professora sobre os trabalhos que envolvem discência, docência e dissidência atravessando e sendo atravessadas pelas frestas, pelas artes e pela Pedagogia do Esquisito.

 

T. Angel é um borrão. Esquisita. Uma monstra.

É uma pessoa trans não binárie, freak, periférica e vegana. É profissional da educação da rede pública estadual na periferia de Osasco, onde vive. Atuando desde 2020 como Coordenadora Pedagógica. Tem graduação em História pelo Centro Universitário FIEO - UNIFIEO (2012) e especialização em Educação Inclusiva pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas - FMU (2019). Finalizando no momento o MBA em Gestão Escolar pela Universidade de São Paulo - USP. Trabalha desde 2005 borrando também as linguagens da performance art e da dança. Tem pesquisado nas últimas décadas sobre a modificação corporal, arte corporal e diferentes usos do corpo, como a suspensão. Criou e administra a plataforma FRRRKguys (2006). Coordena o Grupo de Estudos Sobre Modificações Corporais – GESMC (2014). Publicou o livro A história da modificação corporal no Brasil 1980-1990 (2015). É também autora do Manifesto Freak (2015). É ativista pelos direitos humanos e direitos da natureza. http://www.tang3l.com/

 

 

 

PEDRO GALIZA

existe algo que ainda me acontece agora

 9 a 15 de agosto 

Através de um fluxo descontínuo, poroso e labiríntico, Pedro Galiza depõe nesse trabalho audiovisual alguns experimentos do cotidiano mobilizados por estados de melancolia, pulsão de morte, desejos, segredos e outras questões transitórias que insurgem em seu corpo habitado por uma realidade bruta e vertiginosa.

 

Pedro Galiza é artista transmídia residente na zona norte de São Paulo. Seu trabalho como artista engatilha criações que se estendem em diversos fenômenos artísticos - seja na arte da ação, performance arte, música, cinema, dança, no teatro, na moda. Suas pesquisas têm como foco de investigação a autonomia; a cultura do remix; a pulsão de morte; e essencialmente a transfiguração (acessar e permitir ser/viver aquilo que desconheço). Seus trabalhos já foram acionados, exibidos e publicados nos seguintes projetos: Festival La Plataformance, Mostra Todos os Gêneros (Itaú Cultural), Festival Performatus (SESC Santos), Galeria Transparente (CCJF Rio de Janeiro), Festival Corpus Urbis (UNIFAP, Macapá), Mostra Solos e Monólogos, Mostra In Loqus (SESC Santo Amaro), Projeto Flexões Performáticas (Centro Cultural Banco do Brasil), Acker Stadt Palast (Berlim - Alemanha).  www.pedrogaliza.com.br

NACERA BELAZA

Obras comentadas: “Sur le Fil” e “Le Cri”

 9 a 15 de agosto 

Em um vídeo realizado para o FCD, Nacera Belaza comenta suas obras “Sur le Fil” e “Le Cri” partilhando suas referências, motivações, escolhas e práticas envolvidas na criação destes trabalhos.

 

Nacera Belaza nasceu na Argélia e mora na França desde os cinco anos. Coreógrafa premiada em Artes e Letras pelo Ministério da Cultura da França em janeiro de 2015, recebeu o "Prix Chorégraphe" pela SACD da França em 2017. Belaza apresenta regularmente suas peças na Europa, África, Ásia e América do Norte. Na França apresentou seus trabalhos no Festival Montpellier Danse (2003, 2006, 2012, 2014, 2016), nos Rencontres Chorégraphiques Internationales de Seine-Saint-Denis (2008, 2010), no Festival d’Avignon (2009, 2012), na Biennale de la danse de Lyon (2010, 2014), no Festival de Marseille (2017, 2018), entre outros. http://www.cie-nacerabelaza.com/

MIGUEL PEREIRA

Era um peito só cheio de promessas

 9 a 15 de agosto 

“A pretexto da comemoração dos 500 anos da viagem de circum-navegação de Fernão Magalhães realizei a criação deste espetáculo que tenta, a partir do legado e das consequências desse feito na nossa História, refletir a dança que fazemos e necessitamos hoje. Quando comecei a idealizar este projeto não imaginei o quão complexo e ao mesmo tempo estimulante seria mergulhar nesta aventura. Aceitei o desafio de trabalhar a partir deste acontecimento sabendo apenas de uma vontade crescente de sair da minha zona de conforto e partilhar uma experiência nova, reencontrar uma nova energia que há muito sentia adormecida em mim. Encontrei durante o processo dificuldades várias, desde o confronto com um tema tão delicado e fraturante como era o desta proposta até contratempos vários que foram surgindo ao longo do seu percurso. Esta peça estreou em Montevidéu, em dezembro de 2019, inacabada, irresolúvel talvez, sempre na tentativa de que o tempo e a distância ajudariam a clarificar as questões tão complexas que levantava. Entretanto, quando iríamos apresentar a peça em Portugal, o que deveria ter acontecido primeiro em 2020 e agora em 2021, aconteceu a pandemia, aconteceram problemas pessoais de saúde e mais uma vez a sua resolução e continuidade foram postas à prova. 

Este filme/documento serve por um lado para partilhar a nossa experiência tão rica e atribulada nesta viagem, ao mesmo tempo que tenta, revisitando o passado, projetar e entrever uma possibilidade de futuro.” orumodofumo.com/pt/em-circulacao/filmes/era-um-peito-so-chei_126

Miguel Pereira - Estudou na Escola de Dança do Conservatório Nacional e na Escola Superior de Dança. Foi bolseiro em Paris, Nova York e Amsterdã. Como intérprete trabalhou com Francisco Camacho, Vera Mantero, Jorge Silva Melo, entre outros. Trabalhou com Jérôme Bel em “Shirtologia (Miguel)”. Destaca as peças “Antonio Miguel” - com o qual recebeu o Prémio Revelação José Ribeiro da Fonte do Ministério da Cultura e uma menção honrosa do prémio Acarte/Maria Madalena Azeredo Perdigão (2000) - “Antonio e Miguel”, uma nova colaboração com Antonio Tagliarini (2010), “Op. 49” (2012), “WILDE” (2013) uma colaboração com a mala voadora, “Repertório para Cadeiras, Figurinos e Figurantes” (2015) para o Ballet Contemporâneo do Norte e “Peça para Negócio” e “Peça feliz” (2017). Tem apresentado e lecionado na Europa, Brasil, Uruguai e Chile.

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